domingo, 8 de abril de 2007

O Mar...

Hoje estou toda maritima, com aquela maresia que insistia em grudar em mim quando ficava um longo tempo a andar na avenida beira-mar, contemplando as ondas quebrando naquela ilha de pedras lá longe ao meio... Há quanto tempo longe do mar estou. Pego emprestado de Sophia sua Inscrição “Quando eu morrer, voltarei para buscar os instantes que não vivi junto do mar”.

Do mais dentro de mim...

"Encontro, algures na minha natureza, alguma coisa que me diz que não há nada no mundo que seja desprovido de sentido, e muito menos o sofrimento. Essa qualquer coisa, escondida no mais fundo de mim, como um tesouro num campo, é a humildade. É a última coisa que me resta, e a melhor (...). Ela veio-me de dentro de mim mesmo e sei que veio no bom momento. Não teria podido vir mais cedo nem mais tarde. Se alguém me tivesse falada dela, tê-la-ia rejeitado. Se ma tivessem oferecido, tê-la-ia rejeitado (...). É a única coisa que contém os elementos da vida, de uma vida nova (...). Entre todas as coisas ela é a mais estranha (...). É somente quando perdemos todas as coisas que sabemos que a possuímos."

(Oscar Wilde, in "De Profundis")