"Aprende A não esperar por ti pois não te encontrarás No instante de dizer sim ao destino Incerta paraste emudecida E os oceanos depois devagar te rodearam
A isso chamaste Orpheu Eurydice Incessante intensa lira vibrava ao lado Do desfilar real dos teus dias Nunca se distingue bem o vivido do não vivido O encontro do fracasso Quem se lembra do fino escorrer da areia na ampulheta
Quando se ergue o canto Por isso a memória sequiosa quer vir à tona Em procura da parte que não deste No rouco instante da noite mais calada Ou no secreto jardim à beira-rio em Julho" Sophia M. B. Andresen Adoro a Sophia... Que bom que você nos ensinou o caminho até aqui... voltaremos mais vezes. Eninha
A Alegre, a festiva agitação das panelas e tachos A inútil zanga dos velhos armários de mogno, solenes, Achando tudo aquilo uma grande palhaçada... As xícaras e pires fazendo tlin-tlin-tlin-tlin As gaiolas dos passarinhos cantando em coro com os próprios passarinhos Oh! a alegria das coisas com aquela mudança Para onde? Não importa! Desde que não seja Este eterno mesmo lugar! (Mario Quintana)
... e aqui vou deixar a minha pele, cada camada de olhar, de sombra, impressões digitais, e você me ache, me coma, vista a fantasia que coloquei pra secar ai nesse varal... (Iêda Lima)
“Quem disse que eu me mudei? //Não importa que a tenham demolido: /a gente continua morando na velha casa em que nasceu.” Mario Quintana
“Não sei / o que querem de mim essas árvores/ essas velhas esquinas/ para ficarem tão minhas só de as olhar um momento.” Mario Quintana
“Nunca busquei viver a minha vida. /A minha vida viveu-se sem que eu quisesse ou não quisesse. /Só quis ver como se não tivesse alma. /Só quis ver como se fosse apenas olhos.” Fernando Pessoa (Alberto Caeiro)
"Aprende
ResponderExcluirA não esperar por ti
pois não te encontrarás
No instante de dizer sim ao destino
Incerta
paraste
emudecida
E os oceanos depois devagar te rodearam
A isso chamaste Orpheu Eurydice
Incessante intensa lira vibrava ao lado
Do desfilar real dos teus dias
Nunca se distingue bem o vivido do não vivido
O encontro do fracasso
Quem se lembra do fino escorrer da areia na ampulheta
Quando se ergue o canto
Por isso a memória sequiosa quer vir à tona
Em procura da parte que não deste
No rouco instante da noite mais calada
Ou no secreto jardim à beira-rio
em Julho"
Sophia M. B. Andresen
Adoro a Sophia...
Que bom que você nos ensinou o caminho até aqui... voltaremos mais vezes.
Eninha
Olá Eninha,
ResponderExcluirObrigada pela poesia completa. Fico feliz que tenham gostado e espero que voltem mais vezes.
Abraços,
Iêda